Desafio dos 90 dias

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A criação dos céus e da terra e de tudo o que neles há
1.No princípio, criou Deus os céus e a terra.
2.A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.
3.Disse Deus: Haja luz; e houve luz.
4.E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.
5.Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.
6.E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas.
7.Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez.
8.E chamou Deus ao firmamento Céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia.
9.Disse também Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim se fez.
10.À porção seca chamou Deus Terra e ao ajuntamento das águas, Mares. E viu Deus que isso era bom.
11.E disse: Produza a terra relva, ervas que dêem semente e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra. E assim se fez.
12.A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.
13.Houve tarde e manhã, o terceiro dia.
14.Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos.
15.E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fez.
16.Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas.
17.E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra,
18.para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom.
19.Houve tarde e manhã, o quarto dia.
20.Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus.
21.Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom.
22.E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves.
23.Houve tarde e manhã, o quinto dia.
24.Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez.
25.E fez Deus os animais selváticos, segundo a sua espécie, e os animais domésticos, conforme a sua espécie, e todos os répteis da terra, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.
26.Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.
27.Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
28.E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.
29.E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento.
30.E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez.
31.Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.
1.Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército.
2.E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito.
3.E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.
A formação do homem
4.Esta é a gênese dos céus e da terra quando foram criados, quando o SENHOR Deus os criou.
5.Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois ainda nenhuma erva do campo havia brotado; porque o SENHOR Deus não fizera chover sobre a terra, e também não havia homem para lavrar o solo.
6.Mas uma neblina subia da terra e regava toda a superfície do solo.
7.Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.
8.E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado.
9.Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.
10.E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços.
11.O primeiro chama-se Pisom; é o que rodeia a terra de Havilá, onde há ouro.
12.O ouro dessa terra é bom; também se encontram lá o bdélio e a pedra de ônix.
13.O segundo rio chama-se Giom; é o que circunda a terra de Cuxe.
14.O nome do terceiro rio é Tigre; é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto é o Eufrates.
15.Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar.
16.E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente,
17.mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
A formação da mulher
18.Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.
19.Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles.
20.Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea.
21.Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne.
22.E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe.
23.E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada.
24.Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.
25.Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam.
A queda do homem
1.Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?
2.Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,
3.mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais.
4.Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis.
5.Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.
6.Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.
7.Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.
8.Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.
9.E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?
10.Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.
11.Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?
12.Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.
13.Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
14.Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida.
15.Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
16.E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.
17.E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida.
18.Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo.
19.No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.
20.E deu o homem o nome de Eva a sua mulher, por ser a mãe de todos os seres humanos.
21.Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.
22.Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente.
23.O SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado.
24.E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.
Abel e Caim
1.Coabitou o homem com Eva, sua mulher. Esta concebeu e deu à luz a Caim; então, disse: Adquiri um varão com o auxílio do SENHOR.
2.Depois, deu à luz a Abel, seu irmão. Abel foi pastor de ovelhas, e Caim, lavrador.
3.Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao SENHOR.
4.Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta;
5.ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante.
6.Então, lhe disse o SENHOR: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante?
7.Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.
O primeiro homicídio
8.Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.
9.Disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão?
10.E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim.
11.És agora, pois, maldito por sobre a terra, cuja boca se abriu para receber de tuas mãos o sangue de teu irmão.
12.Quando lavrares o solo, não te dará ele a sua força; serás fugitivo e errante pela terra.
13.Então, disse Caim ao SENHOR: É tamanho o meu castigo, que já não posso suportá-lo.
14.Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua presença hei de esconder-me; serei fugitivo e errante pela terra; quem comigo se encontrar me matará.
15.O SENHOR, porém, lhe disse: Assim, qualquer que matar a Caim será vingado sete vezes. E pôs o SENHOR um sinal em Caim para que o não ferisse de morte quem quer que o encontrasse.
16.Retirou-se Caim da presença do SENHOR e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden.
Descendentes de Caim
17.E coabitou Caim com sua mulher; ela concebeu e deu à luz a Enoque. Caim edificou uma cidade e lhe chamou Enoque, o nome de seu filho.
18.A Enoque nasceu-lhe Irade; Irade gerou a Meujael, Meujael, a Metusael, e Metusael, a Lameque.
19.Lameque tomou para si duas esposas: o nome de uma era Ada, a outra se chamava Zilá.
20.Ada deu à luz a Jabal; este foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado.
21.O nome de seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta.
22.Zilá, por sua vez, deu à luz a Tubalcaim, artífice de todo instrumento cortante, de bronze e de ferro; a irmã de Tubalcaim foi Naamá.
23.E disse Lameque às suas esposas: Ada e Zilá, ouvi-me; vós, mulheres de Lameque, escutai o que passo a dizer-vos: Matei um homem porque ele me feriu; e um rapaz porque me pisou.
24.Sete vezes se tomará vingança de Caim, de Lameque, porém, setenta vezes sete.
25.Tornou Adão a coabitar com sua mulher; e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Sete; porque, disse ela, Deus me concedeu outro descendente em lugar de Abel, que Caim matou.
26.A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o nome de Enos; daí se começou a invocar o nome do SENHOR.
Descendentes de Adão
1.Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez;
2.homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados.
3.Viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe chamou Sete.
4.Depois que gerou a Sete, viveu Adão oitocentos anos; e teve filhos e filhas.
5.Os dias todos da vida de Adão foram novecentos e trinta anos; e morreu.
6.Sete viveu cento e cinco anos e gerou a Enos.
7.Depois que gerou a Enos, viveu Sete oitocentos e sete anos; e teve filhos e filhas.
8.Todos os dias de Sete foram novecentos e doze anos; e morreu.
9.Enos viveu noventa anos e gerou a Cainã.
10.Depois que gerou a Cainã, viveu Enos oitocentos e quinze anos; e teve filhos e filhas.
11.Todos os dias de Enos foram novecentos e cinco anos; e morreu.
12.Cainã viveu setenta anos e gerou a Maalalel.
13.Depois que gerou a Maalalel, viveu Cainã oitocentos e quarenta anos; e teve filhos e filhas.
14.Todos os dias de Cainã foram novecentos e dez anos; e morreu.
15.Maalalel viveu sessenta e cinco anos e gerou a Jarede.
16.Depois que gerou a Jarede, viveu Maalalel oitocentos e trinta anos; e teve filhos e filhas.
17.Todos os dias de Maalalel foram oitocentos e noventa e cinco anos; e morreu.
18.Jarede viveu cento e sessenta e dois anos e gerou a Enoque.
19.Depois que gerou a Enoque, viveu Jarede oitocentos anos; e teve filhos e filhas.
20.Todos os dias de Jarede foram novecentos e sessenta e dois anos; e morreu.
21.Enoque viveu sessenta e cinco anos e gerou a Metusalém.
22.Andou Enoque com Deus; e, depois que gerou a Metusalém, viveu trezentos anos; e teve filhos e filhas.
23.Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos.
24.Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si.
25.Metusalém viveu cento e oitenta e sete anos e gerou a Lameque.
26.Depois que gerou a Lameque, viveu Metusalém setecentos e oitenta e dois anos; e teve filhos e filhas.
27.Todos os dias de Metusalém foram novecentos e sessenta e nove anos; e morreu.
28.Lameque viveu cento e oitenta e dois anos e gerou um filho;
29.pôs-lhe o nome de Noé, dizendo: Este nos consolará dos nossos trabalhos e das fadigas de nossas mãos, nesta terra que o SENHOR amaldiçoou.
30.Depois que gerou a Noé, viveu Lameque quinhentos e noventa e cinco anos; e teve filhos e filhas.
31.Todos os dias de Lameque foram setecentos e setenta e sete anos; e morreu.
32.Era Noé da idade de quinhentos anos e gerou a Sem, Cam e Jafé.
A corrupção do gênero humano
1.Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas,
2.vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram.
3.Então, disse o SENHOR: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos.
4.Ora, naquele tempo havia gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade.
5.Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração;
6.então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração.
7.Disse o SENHOR: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
8.Porém Noé achou graça diante do SENHOR.
9.Eis a história de Noé. Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus.
10.Gerou três filhos: Sem, Cam e Jafé.
Deus anuncia o dilúvio
11.A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência.
12.Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra.
13.Então, disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra.
14.Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora.
15.Deste modo a farás: de trezentos côvados será o comprimento; de cinqüenta, a largura; e a altura, de trinta.
16.Farás ao seu redor uma abertura de um côvado de altura; a porta da arca colocarás lateralmente; farás pavimentos na arca: um em baixo, um segundo e um terceiro.
17.Porque estou para derramar águas em dilúvio sobre a terra para consumir toda carne em que há fôlego de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra perecerá.
18.Contigo, porém, estabelecerei a minha aliança; entrarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos.
19.De tudo o que vive, de toda carne, dois de cada espécie, macho e fêmea, farás entrar na arca, para os conservares vivos contigo.
20.Das aves segundo as suas espécies, do gado segundo as suas espécies, de todo réptil da terra segundo as suas espécies, dois de cada espécie virão a ti, para os conservares em vida.
21.Leva contigo de tudo o que se come, ajunta-o contigo; ser-te-á para alimento, a ti e a eles.
22.Assim fez Noé, consoante a tudo o que Deus lhe ordenara.
Noé e sua família entram na arca
1.Disse o SENHOR a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração.
2.De todo animal limpo levarás contigo sete pares: o macho e sua fêmea; mas dos animais imundos, um par: o macho e sua fêmea.
3.Também das aves dos céus, sete pares: macho e fêmea; para se conservar a semente sobre a face da terra.
4.Porque, daqui a sete dias, farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites; e da superfície da terra exterminarei todos os seres que fiz.
5.E tudo fez Noé, segundo o SENHOR lhe ordenara.
6.Tinha Noé seiscentos anos de idade, quando as águas do dilúvio inundaram a terra.
7.Por causa das águas do dilúvio, entrou Noé na arca, ele com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos.
8.Dos animais limpos, e dos animais imundos, e das aves, e de todo réptil sobre a terra,
9.entraram para Noé, na arca, de dois em dois, macho e fêmea, como Deus lhe ordenara.
10.E aconteceu que, depois de sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio.
11.No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram,
12.e houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites.
13.Nesse mesmo dia entraram na arca Noé, seus filhos Sem, Cam e Jafé, sua mulher e as mulheres de seus filhos;
14.eles, e todos os animais segundo as suas espécies, todo gado segundo as suas espécies, todos os répteis que rastejam sobre a terra segundo as suas espécies, todas as aves segundo as suas espécies, todos os pássaros e tudo o que tem asa.
15.De toda carne, em que havia fôlego de vida, entraram de dois em dois para Noé na arca;
16.eram macho e fêmea os que entraram de toda carne, como Deus lhe havia ordenado; e o SENHOR fechou a porta após ele.
O dilúvio
17.Durou o dilúvio quarenta dias sobre a terra; cresceram as águas e levantaram a arca de sobre a terra.
18.Predominaram as águas e cresceram sobremodo na terra; a arca, porém, vogava sobre as águas.
19.Prevaleceram as águas excessivamente sobre a terra e cobriram todos os altos montes que havia debaixo do céu.
20.Quinze côvados acima deles prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos.
21.Pereceu toda carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de animais domésticos e animais selváticos, e de todos os enxames de criaturas que povoam a terra, e todo homem.
22.Tudo o que tinha fôlego de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu.
23.Assim, foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra; o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus foram extintos da terra; ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca.
24.E as águas durante cento e cinqüenta dias predominaram sobre a terra.
Diminuem as águas do dilúvio
1.Lembrou-se Deus de Noé e de todos os animais selváticos e de todos os animais domésticos que com ele estavam na arca; Deus fez soprar um vento sobre a terra, e baixaram as águas.
2.Fecharam-se as fontes do abismo e também as comportas dos céus, e a copiosa chuva dos céus se deteve.
3.As águas iam-se escoando continuamente de sobre a terra e minguaram ao cabo de cento e cinqüenta dias.
4.No dia dezessete do sétimo mês, a arca repousou sobre as montanhas de Ararate.
5.E as águas foram minguando até ao décimo mês, em cujo primeiro dia apareceram os cimos dos montes.
Noé solta um corvo e depois uma pomba
6.Ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela que fizera na arca
7.e soltou um corvo, o qual, tendo saído, ia e voltava, até que se secaram as águas de sobre a terra.
8.Depois, soltou uma pomba para ver se as águas teriam já minguado da superfície da terra;
9.mas a pomba, não achando onde pousar o pé, tornou a ele para a arca; porque as águas cobriam ainda a terra. Noé, estendendo a mão, tomou-a e a recolheu consigo na arca.
10.Esperou ainda outros sete dias e de novo soltou a pomba fora da arca.
11.À tarde, ela voltou a ele; trazia no bico uma folha nova de oliveira; assim entendeu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra.
12.Então, esperou ainda mais sete dias e soltou a pomba; ela, porém, já não tornou a ele.
Noé e sua família saem da arca
13.Sucedeu que, no primeiro dia do primeiro mês, do ano seiscentos e um, as águas se secaram de sobre a terra. Então, Noé removeu a cobertura da arca e olhou, e eis que o solo estava enxuto.
14.E, aos vinte e sete dias do segundo mês, a terra estava seca.
15.Então, disse Deus a Noé:
16.Sai da arca, e, contigo, tua mulher, e teus filhos, e as mulheres de teus filhos.
17.Os animais que estão contigo, de toda carne, tanto aves como gado, e todo réptil que rasteja sobre a terra, faze sair a todos, para que povoem a terra, sejam fecundos e nela se multipliquem.
18.Saiu, pois, Noé, com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos.
19.E também saíram da arca todos os animais, todos os répteis, todas as aves e tudo o que se move sobre a terra, segundo as suas famílias.
Noé levanta um altar
20.Levantou Noé um altar ao SENHOR e, tomando de animais limpos e de aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar.
21.E o SENHOR aspirou o suave cheiro e disse consigo mesmo: Não tornarei a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade; nem tornarei a ferir todo vivente, como fiz.
22.Enquanto durar a terra, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite.
A aliança de Deus com Noé
1.Abençoou Deus a Noé e a seus filhos e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra.
2.Pavor e medo de vós virão sobre todos os animais da terra e sobre todas as aves dos céus; tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar nas vossas mãos serão entregues.
3.Tudo o que se move e vive ser-vos-á para alimento; como vos dei a erva verde, tudo vos dou agora.
4.Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis.
5.Certamente, requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; de todo animal o requererei, como também da mão do homem, sim, da mão do próximo de cada um requererei a vida do homem.
6.Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem.
7.Mas sede fecundos e multiplicai-vos; povoai a terra e multiplicai-vos nela.
8.Disse também Deus a Noé e a seus filhos:
9.Eis que estabeleço a minha aliança convosco, e com a vossa descendência,
10.e com todos os seres viventes que estão convosco: tanto as aves, os animais domésticos e os animais selváticos que saíram da arca como todos os animais da terra.
11.Estabeleço a minha aliança convosco: não será mais destruída toda carne por águas de dilúvio, nem mais haverá dilúvio para destruir a terra.
12.Disse Deus: Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, para perpétuas gerações:
13.porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a terra.
14.Sucederá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e nelas aparecer o arco,
15.então, me lembrarei da minha aliança, firmada entre mim e vós e todos os seres viventes de toda carne; e as águas não mais se tornarão em dilúvio para destruir toda carne.
16.O arco estará nas nuvens; vê-lo-ei e me lembrarei da aliança eterna entre Deus e todos os seres viventes de toda carne que há sobre a terra.
17.Disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança estabelecida entre mim e toda carne sobre a terra.
18.Os filhos de Noé, que saíram da arca, foram Sem, Cam e Jafé; Cam é o pai de Canaã.
19.São eles os três filhos de Noé; e deles se povoou toda a terra.
Noé pronuncia bênção e maldição
20.Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha.
21.Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda.
22.Cam, pai de Canaã, vendo a nudez do pai, fê-lo saber, fora, a seus dois irmãos.
23.Então, Sem e Jafé tomaram uma capa, puseram-na sobre os próprios ombros de ambos e, andando de costas, rostos desviados, cobriram a nudez do pai, sem que a vissem.
24.Despertando Noé do seu vinho, soube o que lhe fizera o filho mais moço
25.e disse: Maldito seja Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos.
26.E ajuntou: Bendito seja o SENHOR, Deus de Sem; e Canaã lhe seja servo.
27.Engrandeça Deus a Jafé, e habite ele nas tendas de Sem; e Canaã lhe seja servo.
28.Noé, passado o dilúvio, viveu ainda trezentos e cinqüenta anos.
29.Todos os dias de Noé foram novecentos e cinqüenta anos; e morreu.
Descendentes dos filhos de Noé
1.São estas as gerações dos filhos de Noé, Sem, Cam e Jafé; e nasceram-lhes filhos depois do dilúvio.
2.Os filhos de Jafé são: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras.
3.Os filhos de Gomer são: Asquenaz, Rifate e Togarma.
4.Os de Javã são: Elisá, Társis, Quitim e Dodanim.
5.Estes repartiram entre si as ilhas das nações nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, em suas nações.
6.Os filhos de Cam: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã.
7.Os filhos de Cuxe: Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; e os filhos de Raamá: Sabá e Dedã.
8.Cuxe gerou a Ninrode, o qual começou a ser poderoso na terra.
9.Foi valente caçador diante do SENHOR; daí dizer-se: Como Ninrode, poderoso caçador diante do SENHOR.
10.O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar.
11.Daquela terra saiu ele para a Assíria e edificou Nínive, Reobote-Ir e Calá.
12.E, entre Nínive e Calá, a grande cidade de Resém.
13.Mizraim gerou a Ludim, a Anamim, a Leabim, a Naftuim,
14.a Patrusim, a Casluim ( donde saíram os filisteus ) e a Caftorim.
15.Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete,
16.e aos jebuseus, aos amorreus, aos girgaseus,
17.aos heveus, aos arqueus, aos sineus,
18.aos arvadeus, aos zemareus e aos hamateus; e depois se espalharam as famílias dos cananeus.
19.E o limite dos cananeus foi desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza, indo para Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa.
20.São estes os filhos de Cam, segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações.
21.A Sem, que foi pai de todos os filhos de Héber e irmão mais velho de Jafé, também lhe nasceram filhos.
22.Os filhos de Sem são: Elão, Assur, Arfaxade, Lude e Arã.
23.Os filhos de Arã: Uz, Hul, Geter e Más.
24.Arfaxade gerou a Salá; Salá gerou a Héber.
25.A Héber nasceram dois filhos: um teve por nome Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra; e o nome de seu irmão foi Joctã.
26.Joctã gerou a Almodá, a Selefe, a Hazar-Mavé, a Jerá,
27.a Hadorão, a Uzal, a Dicla,
28.a Obal, a Abimael, a Sabá,
29.a Ofir, a Havilá e a Jobabe; todos estes foram filhos de Joctã.
30.E habitaram desde Messa, indo para Sefar, montanha do Oriente.
31.São estes os filhos de Sem, segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações.
32.São estas as famílias dos filhos de Noé, segundo as suas gerações, nas suas nações; e destes foram disseminadas as nações na terra, depois do dilúvio.
A torre de Babel
1.Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar.
2.Sucedeu que, partindo eles do Oriente, deram com uma planície na terra de Sinar; e habitaram ali.
3.E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa.
4.Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra.
5.Então, desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam;
6.e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer.
7.Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro.
8.Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade.
9.Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o SENHOR a linguagem de toda a terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a superfície dela.
Descendentes de Sem
10.São estas as gerações de Sem. Ora, ele era da idade de cem anos quando gerou a Arfaxade, dois anos depois do dilúvio;
11.e, depois que gerou a Arfaxade, viveu Sem quinhentos anos; e gerou filhos e filhas.
12.Viveu Arfaxade trinta e cinco anos e gerou a Salá;
13.e, depois que gerou a Salá, viveu Arfaxade quatrocentos e três anos; e gerou filhos e filhas.
14.Viveu Salá trinta anos e gerou a Héber;
15.e, depois que gerou a Héber, viveu Salá quatrocentos e três anos; e gerou filhos e filhas.
16.Viveu Héber trinta e quatro anos e gerou a Pelegue;
17.e, depois que gerou a Pelegue, viveu Héber quatrocentos e trinta anos; e gerou filhos e filhas.
18.Viveu Pelegue trinta anos e gerou a Reú;
19.e, depois que gerou a Reú, viveu Pelegue duzentos e nove anos; e gerou filhos e filhas.
20.Viveu Reú trinta e dois anos e gerou a Serugue;
21.e, depois que gerou a Serugue, viveu Reú duzentos e sete anos; e gerou filhos e filhas.
22.Viveu Serugue trinta anos e gerou a Naor;
23.e, depois que gerou a Naor, viveu Serugue duzentos anos; e gerou filhos e filhas.
24.Viveu Naor vinte e nove anos e gerou a Tera;
25.e, depois que gerou a Tera, viveu Naor cento e dezenove anos; e gerou filhos e filhas.
26.Viveu Tera setenta anos e gerou a Abrão, a Naor e a Harã.
27.São estas as gerações de Tera. Tera gerou a Abrão, a Naor e a Harã; e Harã gerou a Ló.
28.Morreu Harã na terra de seu nascimento, em Ur dos caldeus, estando Tera, seu pai, ainda vivo.
29.Abrão e Naor tomaram para si mulheres; a de Abrão chamava-se Sarai, a de Naor, Milca, filha de Harã, que foi pai de Milca e de Iscá.
30.Sarai era estéril, não tinha filhos.
31.Tomou Tera a Abrão, seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai, sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; foram até Harã, onde ficaram.
32.E, havendo Tera vivido duzentos e cinco anos ao todo, morreu em Harã.
Deus chama Abrão e lhe faz promessas
1.Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei;
2.de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!
3.Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.
4.Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o SENHOR, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã.
5.Levou Abrão consigo a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as pessoas que lhes acresceram em Harã. Partiram para a terra de Canaã; e lá chegaram.
6.Atravessou Abrão a terra até Siquém, até ao carvalho de Moré. Nesse tempo os cananeus habitavam essa terra.
7.Apareceu o SENHOR a Abrão e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um altar ao SENHOR, que lhe aparecera.
8.Passando dali para o monte ao oriente de Betel, armou a sua tenda, ficando Betel ao ocidente e Ai ao oriente; ali edificou um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR.
9.Depois, seguiu Abrão dali, indo sempre para o Neguebe.
Abrão no Egito
10.Havia fome naquela terra; desceu, pois, Abrão ao Egito, para aí ficar, porquanto era grande a fome na terra.
11.Quando se aproximava do Egito, quase ao entrar, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher de formosa aparência;
12.os egípcios, quando te virem, vão dizer: É a mulher dele e me matarão, deixando-te com vida.
13.Dize, pois, que és minha irmã, para que me considerem por amor de ti e, por tua causa, me conservem a vida.
14.Tendo Abrão entrado no Egito, viram os egípcios que a mulher era sobremaneira formosa.
15.Viram-na os príncipes de Faraó e gabaram-na junto dele; e a mulher foi levada para a casa de Faraó.
16.Este, por causa dela, tratou bem a Abrão, o qual veio a ter ovelhas, bois, jumentos, escravos e escravas, jumentas e camelos.
17.Porém o SENHOR puniu Faraó e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão.
18.Chamou, pois, Faraó a Abrão e lhe disse: Que é isso que me fizeste? Por que não me disseste que era ela tua mulher?
19.E me disseste ser tua irmã? Por isso, a tomei para ser minha mulher. Agora, pois, eis a tua mulher, toma-a e vai-te.
20.E Faraó deu ordens aos seus homens a respeito dele; e acompanharam-no, a ele, a sua mulher e a tudo que possuía.
Abrão e Ló separam-se
1.Saiu, pois, Abrão do Egito para o Neguebe, ele e sua mulher e tudo o que tinha, e Ló com ele.
2.Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro.
3.Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai,
4.até ao lugar do altar, que outrora tinha feito; e aí Abrão invocou o nome do SENHOR.
5.Ló, que ia com Abrão, também tinha rebanhos, gado e tendas.
6.E a terra não podia sustentá-los, para que habitassem juntos, porque eram muitos os seus bens; de sorte que não podiam habitar um na companhia do outro.
7.Houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló. Nesse tempo os cananeus e os ferezeus habitavam essa terra.
8.Disse Abrão a Ló: Não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos parentes chegados.
9.Acaso, não está diante de ti toda a terra? Peço-te que te apartes de mim; se fores para a esquerda, irei para a direita; se fores para a direita, irei para a esquerda.
10.Levantou Ló os olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada ( antes de haver o SENHOR destruído Sodoma e Gomorra ), como o jardim do SENHOR, como a terra do Egito, como quem vai para Zoar.
11.Então, Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu para o Oriente; separaram-se um do outro.
12.Habitou Abrão na terra de Canaã; e Ló, nas cidades da campina e ia armando as suas tendas até Sodoma.
13.Ora, os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o SENHOR.
O Senhor promete a Abrão a terra de Canaã
14.Disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se separou dele: Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente;
15.porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre.
16.Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência.
17.Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura; porque eu ta darei.
18.E Abrão, mudando as suas tendas, foi habitar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e levantou ali um altar ao SENHOR.
Guerra de quatro reis contra cinco
1.Sucedeu naquele tempo que Anrafel, rei de Sinar, Arioque, rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de Elão, e Tidal, rei de Goim,
2.fizeram guerra contra Bera, rei de Sodoma, contra Birsa, rei de Gomorra, contra Sinabe, rei de Admá, contra Semeber, rei de Zeboim, e contra o rei de Bela ( esta é Zoar ).
3.Todos estes se ajuntaram no vale de Sidim ( que é o mar Salgado ).
4.Doze anos serviram a Quedorlaomer, porém no décimo terceiro se rebelaram.
5.Ao décimo quarto ano, veio Quedorlaomer e os reis que estavam com ele e feriram aos refains em Asterote-Carnaim, e aos zuzins em Hã, e aos emins em Savé-Quiriataim,
6.e aos horeus no seu monte Seir, até El-Parã, que está junto ao deserto.
7.De volta passaram em En-Mispate ( que é Cades ) e feriram toda a terra dos amalequitas e dos amorreus, que habitavam em Hazazom-Tamar.
8.Então, saíram os reis de Sodoma, de Gomorra, de Admá, de Zeboim e de Bela ( esta é Zoar ) e se ordenaram e levantaram batalha contra eles no vale de Sidim,
9.contra Quedorlaomer, rei de Elão, contra Tidal, rei de Goim, contra Anrafel, rei de Sinar, contra Arioque, rei de Elasar: quatro reis contra cinco.
10.Ora, o vale de Sidim estava cheio de poços de betume; os reis de Sodoma e de Gomorra fugiram; alguns caíram neles, e os restantes fugiram para um monte.
11.Tomaram, pois, todos os bens de Sodoma e de Gomorra e todo o seu mantimento e se foram.
Ló é levado cativo
12.Apossaram-se também de Ló, filho do irmão de Abrão, que morava em Sodoma, e dos seus bens e partiram.
13.Porém veio um, que escapara, e o contou a Abrão, o hebreu; este habitava junto dos carvalhais de Manre, o amorreu, irmão de Escol e de Aner, os quais eram aliados de Abrão.
14.Ouvindo Abrão que seu sobrinho estava preso, fez sair trezentos e dezoito homens dos mais capazes, nascidos em sua casa, e os perseguiu até Dã.
15.E, repartidos contra eles de noite, ele e os seus homens, feriu-os e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco.
16.Trouxe de novo todos os bens, e também a Ló, seu sobrinho, os bens dele, e ainda as mulheres, e o povo.
17.Após voltar Abrão de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele, saiu-lhe ao encontro o rei de Sodoma no vale de Savé, que é o vale do Rei.
Melquisedeque abençoa a Abrão
18.Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo;
19.abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra;
20.e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo.
21.Então, disse o rei de Sodoma a Abrão: Dá-me as pessoas, e os bens ficarão contigo.
22.Mas Abrão lhe respondeu: Levanto a mão ao SENHOR, o Deus Altíssimo, o que possui os céus e a terra,
23.e juro que nada tomarei de tudo o que te pertence, nem um fio, nem uma correia de sandália, para que não digas: Eu enriqueci a Abrão;
24.nada quero para mim, senão o que os rapazes comeram e a parte que toca aos homens Aner, Escol e Manre, que foram comigo; estes que tomem o seu quinhão.
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